quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O Livro Que (Quase) Mudou a Minha Vida

O Livro Que (Quase) Mudou a Minha Vida

No ano passado, 2013, eu li o melhor e mais significante livro de toda a minha vida. Para contextualizar, eu estava no segundo ano do ensino médio e cursava durante a manhã, apesar de, nas quintas feiras, ter aulas à tarde que iam até por volta de dezoito horas. Como a minha família me deu autonomia desde cedo, eu vou e volto de ônibus ou a pé para o colégio desde a sexta série do fundamental. Com a violência dos dias de hoje é um pouco perigoso, mas meus pais acham muito importante que eu esteja preparado para o mundo. Bom, acho que depois da primeira vez que me assaltaram eu amadureci e aprendi a ficar mais esperto na rua. Isso aconteceu na oitava ou nona série e eu fiquei com um sentimento forte de raiva dos “pivetes” que me roubaram um fone de ouvido. Nos dias seguintes, exagerado como eu era, comecei a andar com um canivete em um bolso e um soco inglês em outro, contando com a sorte para encontrar os mal encarados que me assaltaram e acertar as contas com eles. Mas o tempo passou e nada de eu encontra-los, por fim, eu parei de andar com minhas armas e esqueci do assalto. Mesmo assim, no fundo de mim ainda havia um sentimento forte de raiva pelos “pivetes” em geral. Toda vez que eu estava na rua e suspeitava de alguém, o sentimento voltava forte, eu começa a sentir calor e suar. Acabou que, certo dia voltando da casa de um amigo por volta de 23h da noite, eu avistei um sujeito esquisito vindo em minha direção, com receio por causa do horário eu atravessei a rua e ele passou direto. Ao olhar para traz eu percebi que ele tinha sumido, mas pensei que não era nada de mais e continuei andando. Na próxima esquina eu olho para a esquerda e vejo o mesmo cara vindo correndo em direção a mim. Pensei rápido e comecei a correr pelo mesmo caminho de que tinha vindo, pois tinha visto um restaurante a quatro quarteirões dali. Naquela perseguição frenética eu estava perdendo e ainda faltavam dois quarteirões para o restaurante, que seria minha salvação, tive que bolar outro plano e rápido porque o cara estava cada vez mais perto. Foi ai que eu lembrei que estava com a mochila do meu irmão e ele sempre carregava um canivete em um bolso escondido nela para a diretora do colégio não achar. Bom, como o cara tinha um caco de vidro na mão, era eu ou era ele, abri o canivete, parei de uma vez só e enfiei a lâmina na barriga dele. Quando contei para o meu padrasto ele me deu um livro, livro grande, edição especial, 2000 páginas. Comecei a lê-lo e acabei em uma semana. Um feito incrível já que tinha prova de física na semana. Na prova eu perdi média, mas esse livro mudou em muito a minha vida. Depois dessa maravilhosa leitura eu comecei a enxergar as pessoas com outros olhos, a me importar mais com os sentimentos dos outros. Esse livro me mostrou a verdadeira miséria e a verdadeira degradação humana, me fazendo dar mais valor a tudo o que eu tenho e a mudar o olhar sobre os tais “pivetes” que eu supostamente odiava. Ele me ensinou a analisar profundamente a sociedade, me ensinou que muito não é o que parece ser. Esse livro é “Os Miseráveis”, de Victor Hugo. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Vida em Perigo

Vida em Perigo


A vida no planeta Terra só existe se houver uma Terra habitável. Isso é lógico e bem fácil de compreender, mas a humanidade vem destruindo a sua própria casa sem pensar nas consequências. Vários estudos já foram realizados para provar que a degradação da Terra vem se acentuando e está chegando a níveis alarmantes, tais como o “Relatório Planeta Vivo 2000”, que analisou a pressão ecológica individual exercida sobre o planeta. A partir desses resultados, seria necessário meio planeta Terra a mais para não afetar a sua biocapacidade, ou seja, para que o planeta possa se “regenerar”. Levando em conta que esse estudo não mostra variáveis como a água e a liberação de poluentes tóxicos as estatísticas podem piorar, principalmente se nenhuma atitude for tomada a respeito disso. A vida na Terra depende de vários fatores ambientais que só se desenvolveram aqui e em mais nenhum lugar do espaço (pelo menos até o que sabemos hoje), como, por exemplo, a atmosfera, água potável, temperaturas favoráveis com baixa amplitude térmica, alimentos, etc. Tais elementos devem ser preservados, mas não é necessário acabar com a economia de um país para isso, a economia e a ecologia devem andar juntas e completarem uma a outra. Para atingir esse objetivo é necessária a criação de novas alternativas e a construção de um novo olhar para o nosso planeta, pois o modelo atual é insustentável.